terça-feira, 14 de agosto de 2018

POSTADO POR FLAVIA

SER  NATURISTA  E  SER  FELIZ


Juscelino é uma fábrica de casos engraçados e emocionantes. 
Ele, com seus 50 anos bem vividos, é casado com Mara, e desta união temos o Bill.

O curioso é que Juscelino ainda tem mais uma filha, com pouco mais de 20 anos fruto de seu primeiro casamento com a cunhada. 
Isso mesmo.

Ele separou-se e depois se casou com a cunhada. Surreal.
Em uma de suas viagens ao nordeste, Juscelino encontrou uma praia de nudismo e bateu-lhe a curiosidade. 
Sempre teve a vontade de ir, mas nunca teve a coragem. 
Aqui no Rio temos a praia do Abricó, por exemplo, que com seu nome sugestivo é um perigo para pessoas como eu que escrevem muito rápido e cometem erros de ortografia.

Juscelino convenceu Mara e foi para a praia. Ele já tinha um plano de emergência desenhado em sua cabeça.

Aliás, em tudo o que fazemos em nossa vida, devemos sempre ter o plano B. não se pode mergulhar numa ideia sem desprezar a existência do fracasso. 

Não se pode confundir otimismo com falta de prudência. 

Aceitar a existência do fracasso é o primeiro passo para que cheguemos ao sucesso e Juscelino tinha consciência do que seria seu fracasso.
 Entusiasmasse com a primeira nua e demonstrar fisicamente sua felicidade. Neste caso o plano B é a água gelada do mar.
E lá foi ele junto com sua esposa.
Na entrada já estava devidamente vestido e meio que constrangido.

Nem as cinco latinhas de cerveja tiraram sua timidez.

Mesmo se quisesse, não conseguiria demonstrar qualquer sinal de felicidade.

O público não era de causar entusiasmo.

Viu algumas mulheres sentadas e ficou preocupado com a possibilidade destas pegarem uma gripe ou algo assim.
 
Seus seios batiam na areia.

Tinha outra coisa que o incomodava: as mulheres eram hippies. 
Por que ninguém ali era a favor do desmatamento? Não que ele fosse, mas deveria ter outras formas de preservar a floresta amazônica.

E a faixa etária? A mais nova parecia ser mãe de sua sogra.
Conversar com as pessoas olhando em seus olhos tornou-se um desafio.

Se Newton fosse vivo mudaria sua teoria da gravidade. 

Descobriria que o olhar sofre da mesma gravidade que a maça, quando em contato com um corpo nu. 
É difícil escapar da comparação ou da vontade de comparar-se ao outro. 

Não sei se a mulher sofre desse mal, mas o homem acha que sempre há alguém com uma vantagem a mais que você, mesmo sabendo que isso não é o que importa, segundo algumas falsas mulheres.

Eu não sei dizer se ele sentia vergonha ou orgulho, até porque, para se proteger, o homem mente, mesmo que seja para si mesmo.
Quando pensava em ir embora, eis que surge o inesperado.

Ir para uma praia de nudismo pela primeira vez já é algo diferente e até mesmo constrangedor.
 Imagine encontrar um conhecido. 

E não é que Juscelino encontrou justamente o vizinho! Ambos nu, num embaraçoso aperto de mão, olhando nos olhos um do outro.

Quando Juscelino me contou esta historia, perguntei-lhe se tinha passado vergonha.
 Orgulhoso, disse que foi o vizinho que passou.
 É a comparação foi inevitável pra ele.

















































































































F I M 

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