domingo, 30 de julho de 2017

A simplicidade do naturismo



O Naturismo é tão simples que chega a se tornar muito complicado para muitas pessoas, isso porque o ego rejeita o fácil, quer sempre o mais difícil.

Até mesmo os problemas devem ser maiores do que os dos outros, alguma coisa é preciso para ser maior e melhor.

É assim que começa toda a forma de competição e domínio, mas também um dos mais preocupantes desequilíbrios psicológicos.

O indivíduo que se sente inferiorizado diante dos outros quando galga posições de comando, tendem a ser autoritários e ditatoriais.
Se considerarmos a psicologia humana, esse texto será insuficiente para contemplar maiores detalhes sobre a nossa natureza.

Tento aqui mostrar o papel relevante e a simplicidade da prática do Naturismo como agente que neutraliza a inferioridade individual.


Por outro lado, mexe com as mais diversas estruturas pessoais, será necessário repensar em muitos valores que foram assumidos como verdadeiros, sejam de ordem pessoal ou social.
O homem é um processo constante.

Alguma coisa está sempre acontecendo, está sempre a beira do acontecimento.

O homem é uma excitação, uma aventura, uma peregrinação. 
(1) Não sabe quem ele é, está sempre buscando.

Para a prática do Nudismo/Naturismo ele questiona a religião, sua conduta dentro do seu conceito moral e até a ciência têm que atestar as suas crenças. 
Exemplo disso foi a visita em nosso país do cientista Michael Behe defendendo a teoria do “Designer Inteligente” que diz: Se há o relógio deve haver o relojoeiro. 
Ficou pior, quem criou o relojoeiro? O próprio Darwin já tinha virado a mesa e feito uma derrubada devastadora dessa teoria. (2)
3
Não seria mais fácil dizer que não sabemos e continuar a busca? 
A beleza e o encanto estão justamente na simplicidade e na humildade de reconhecer o que não sabemos.

O homem não é um produto acabado, ele é um ser aberto. 
Tudo é possível, mas nada é certo, não pode ter definição (1). 
Não é a certeza o que importa, é justamente a dúvida que nos move para aprender novos caminhos, são os nossos questionamentos que nos torna mais humanos.
Viver naturalmente implica em abandonar as roupagens que a sociedade nos coloca, os preconceitos e a inferioridade não podem coexistirem no meio onde os indivíduos possuem mentes livres, nenhum regime político autoritário poderia conviver com o Naturismo.

Não deveríamos defender esse estilo de vida em todos os segmentos sociais?
É possível que o problema maior seja a nudez, será?
 O grupo o qual frequento permite que o visitante passe um dia mesmo vestido e nunca tivemos algum que se propusesse a vir para conhecer o que representa o Naturismo, está faltando na praça o tipo que questiona e sobrando os meros repetidores.
 Sobra informação falta conhecimento, muitos em seus celulares e internet com mentes dispersas a tudo que lhes rodeia.
 “Conhecimento numa mente dispersa é como uma semente infértil” (3).
Isso é preocupante na medida em que os nossos jovens poderão ser facilmente dominados por um discurso bonito, mas não terão a percepção da tirania que terá por trás dele.

O distanciamento da leitura, a massificação do intelecto sem os devidos questionamentos e a falta de um contato mais íntimo com a natureza, tem provocado distanciamento do jovem com o Naturismo cuja filosofia defende o respeito e a dignidade do corpo.

Provavelmente a culpa seja nossa… 
Seria bom pensarmos seriamente nisso.

Dr Gerald Crabtree da Universidade de Stanford (EUA) mostra em sua teoria que os humanos estão perdendo sua capacidade intelectual e emocional (4), não estamos formando jovens questionadores que induz ao pensamento crítico e pressione a evolução dos genes.
 
Uma mente livre não pode ser dominada por algo que a maioria acredita ser uma verdade, não é isso que nos tornará melhores e sim a nossa atitude de respeito com as nossas diferenças naturais.
 Justamente isso é o que o Naturismo defende e tão difícil de entender com a sua simplicidade.











































F I M

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